Alma Velha
- Jonathan Pessoa
- 5 de abr.
- 3 min de leitura

Antigamente, no mundo da televisão, existiam dois quadros que faziam sucesso e chamavam muito a atenção. Eram eles: o “Lata-velha” do Luciano Huck (apresentador da Rede Globo de Televisão) e o “Cadê minha casa?” do ex-ator e ex-apresentador da Rede Record chamado Rodrigo Faro.
No quadro “Lata-velha”, os telespectadores procuravam o apresentador da Rede Globo para realizar, por exemplo, o sonho da restauração de um carro antigo que possuíam e que se encontrava em mau estado de conservação. Após a participação no programa, aquele carro que antes era motivo de sofrimento e de gozação, transformava-se, então, num veículo que trazia, além do conforto, o sentimento de muita alegria e realização. Aquilo que era velho ficava novo. O feio passava a ser bonito. O inútil tornava-se em imprescindível.
Não obstante, de semelhante forma, no quadro “Cadê a minha casa?”, a mesma situação também acontecia: os telespectadores escreviam ao apresentador Rodrigo Faro pedindo a reforma de um ambiente da casa; quando, por sua vez, eram contemplados, os participantes podiam experimentar uma verdadeira transformação na casa de tal modo que se espantavam ao ponto de não conseguirem reconhecer mais o próprio lar.
Ora, embora extintos, estes dois quadros ainda hoje são bastantes sintomáticos. Eles são, na verdade, o símbolo de toda uma geração cujas pessoas estão mais preocupadas com a restauração do carro e da casa do que com a restauração de suas próprias almas. Buscam mais a reforma do corpo do que a renovação do espírito. Anseiam mais pela recuperação dos bens do que pela reconstrução do bem em suas próprias vidas.
No Salmo 126, porém, no período do retorno do exílio da Babilônia, após observar a restauração do Templo de Jerusalém, o salmista não se preocupa com a restauração da sua própria casa. Diferente de nós, ele não fica ansioso pela recuperação de suas posses, riquezas e propriedades. Pelo contrário, em sua oração, o salmista tão somente intercede para que Deus restaure agora a sorte e a vida do seu povo. Ele diz assim: “Restaura, Senhor, a nossa sorte como as torrentes no Neguebe” (v.4).
Hoje nós estamos aqui para fazer praticamente a mesma coisa: suplicar pela verdadeira restauração sobre a vida da gente! Pois, de nada adianta o Templo estar bonito e a nossa vida continuar feia! Para nada serve um culto formoso se o nosso comportamento continuar horrível e pecaminoso.
Acredite: Deus está interessado em restaurar sua vida e não as suas coisas! De uma hora para outra, o Senhor irá fazer tudo novo! Ele transformará o seu pesadelo num sonho. Abrirá um caminho no deserto e fará com que a terra árida se transforme num rio caudaloso. Não desanime! Não desista! Continue plantando e trabalhando porque os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão!
Rev. Jonathan Pereira Lopes Pessoa
LITURGIA PARA O CULTO
5º Domingo na Quaresma
Isaías 43.16-21; Salmo 126; Filipenses 3.4b-14; João 12.1-8
ADORAÇÃO
Prelúdio: “Sim, com certeza Deus está aqui!”;
Saudação;
Chamada à adoração;
Oficiante: Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha.
Congregação: Então a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo. Então entre as nações se dizia: “Grandes coisas o Senhor tem feito por eles”.
Todos: De fato, grandes coisas o Senhor fez por nós; por isso, estamos alegres (Salmo 126.1-3).
Cântico: “Estamos aqui, Senhor” (CTP04);
Entrega dos dízimos e das ofertas;
Oração de adoração;
Cântico das crianças;
ORAÇÃO
Leitura Bíblica: Filipenses 3.4b-14;
Cântico: “Eis-me, ó Salvador, aqui” (CTP246);
Momento de oração e de confissão;
Declaração de perdão:
Oficiante: “[...] Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis?" (Isaías 43.18-19)
Cânticos de louvor;
Oração de ação de graças;
PALAVRA
Oração por iluminação;
Proclamação da Palavra;
COMUNHÃO
Coral: “Amor glorioso”;
Oração de ação de graças;
Instituição da Mesa do Senhor;
Distribuição dos elementos;
ENVIO
Pacto de Oração;
Oração de intercessão;
Bênção Apostólica;
Poslúdio: "Nada impossível é" (Coral)
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