NAS MÃOS DE DEUS
- Jonathan Pessoa
- 10 de mai.
- 5 min de leitura

“Pastor, meu filho foi para o céu?”. Sou pastor há praticamente 15 anos. Ao longo de todos estes anos de ministério, já experimentei situações bastantes desafiadoras na vida do povo de Deus. Já presenciei, por exemplo, a realização de divórcios, de adultérios e de briga entre irmãos. Do mesmo modo, também já lidei na igreja com denúncias de assédio, desvios de dinheiro e até mesmo com casos de possessão. No entanto, nenhuma dessas situações mexeu tanto comigo quanto a pergunta que, certa vez, recebi de uma mãe por ocasião da realização do velório de seu filho. Com voz trêmula e lágrimas nos olhos, ela assim me questionou: “Pastor, meu filho foi para o céu?”.
Além da dolorosa experiência do luto, naquela oportunidade, percebi que aquela mãe também estava sofrendo com a dúvida a respeito do destino eterno do seu filho querido. Mesmo o tendo criado nos caminhos do Senhor, ela estava ali atormentada com a possibilidade de algum tipo de condenação pelo simples fato dele não frequentar mais os nossos cultos e celebrações. Tinha medo de que Deus o rejeitasse porque ele, num determinado momento, abandonou a igreja e deixou de congregar com os irmãos.
Confesso que não me lembro exatamente o que respondi para aquela mãe. Não era ali a hora nem o momento mais adequado para realizar um tratado teológico a respeito da doutrina da salvação. Acredito, porém, que a mesma dúvida com a qual aquela mulher sofria é hoje também a mesma questão que traz sofrimento e angústia a milhares de mães cristãs. Pois, afinal de contas, nenhuma mãe que entregou a sua própria casa e vida para Deus quer criar um filho para abominação. Nenhuma mãe deseja ver o fruto do seu ventre condenado em trevas e perdição.
Nesse sentido, quanto a salvação dos nossos filhos, a primeira coisa que devemos nos lembrar é a de que nem todos aqueles que hoje congregam em nossos templos são, de fato, ovelhas que pertencem ao Senhor. Quando Jesus estava, por exemplo, passeando pelo templo de Jerusalém por ocasião da Festa da Dedicação, os judeus o interpelaram pedindo para que o Senhor revelasse a todos claramente se Ele mesmo era o Messias ou não. Naquela hora, Jesus assim lhes respondeu: “Já vo-lo disse e não credes [...] porque nãos sois das minhas ovelhas” (João 10.25,26).
Você pode, desse modo, tal como os judeus, participar de todas as festas e celebrações da igreja. Pode ainda cumprir com todas as regras, leis e ritos litúrgicos, mas pode, mesmo assim, por falta de fé, não pertencer ao rebanho de Deus e acabar experimentando a eternidade distante de Jesus. Morrer dentro da igreja não é garantia de salvação!
Já, em segundo lugar, precisamos também destacar aqui o maravilhoso poder da voz de Jesus. Pois, aos judeus o Senhor assim acrescentou: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (João 10.27). Não importa a distância: ninguém pode resistir à voz de Jesus. Quando o Pastor das nossas almas fala, mesmo distantes, as ovelhas ouvem a sua voz. Quando Cristo fala os corações se derretem diante do poder da sua palavra. Talvez o seu filho hoje não ouça mais a sua voz, não atenda mais o clamor do pastor ou das autoridades religiosas, mas, de modo algum, ele poderá ficar inerte diante da voz de Jesus Cristo, o Senhor. Quando o Senhor falar, ele o seguirá!
Por fim, para encerrar, cabe ainda aqui nos lembrar da própria promessa que naquela ocasião Jesus nos deixou. Ele foi claro dizendo que àquelas ovelhas que Deus lhe deu e lhe entregou, de modo nenhum alguém poderá arrebatá-las de suas poderosas mãos. Jesus assim afirmou: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.28).
Mais do que filhos, pela fé, nós acreditamos que Deus nos entregou ovelhas para apascentarmos. Ele nos deu pequeninos para alimentarmos e livrarmos das garras dos lobos e dos dominadores deste mundo tenebroso. Antes do pastor, tanto o pai quanto a mãe são os primeiros sacerdotes dentro do lar. Por isso, mesmo que hoje o seu filho não esteja congregando com você, mesmo assim, entregue-o agora mesmo nas mãos de Deus. Não existe condenação para aqueles que estão nas mãos do Senhor.
Rev. Jonathan Pereira Lopes Pessoa
CULTO ESPECIAL DO DIA DAS MÃES (4º Domingo da Páscoa)
Atos 9.36-43; Salmo 23; Apocalipse 7.9-17; João 10.22-30
ADORAÇÃO
Prelúdio:
Saudação;
Chamada à adoração;
Filho “Tributai ao Senhor, ó famílias dos povos, tributai ao Senhor glória e força” (1 Crônicas 16.28)
Filha: Com alegria acolhemos e convidamos a todos e todas para agradecermos ao Senhor pelas nossas famílias e em especial palas nossas mães! Toda glória e louvor sejam dados ao Senhor!
Dirigente: Convidamos uma mãe para fazer a leitura bíblica de 1 Samuel 2.2. Essas são as palavras de Ana, quando se tornou mãe:
Mãe: “Não há santo como o Senhor; porque não há outro além de Ti; e Rocha não há, como nosso Deus”.
Cântico: “Sê engrandecido” (CTP76);
Oração de adoração de uma mãe: Eu te adoro Deus, de todo o meu coração. Eu te adoro, pois o Senhor é Deus e Pai. Aquele que nos amou primeiro. Eu te adoro, pela Tua misericórdia, pelo Teu amor. Eu te adoro por sempre estar cuidando de nós em todo tempo e em todo lugar. Em nome de Jesus, amém!
CONFISSÃO
Filho (a): “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; [...] Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem” (Salmo 127.1-2)
Dirigente: Na correria da vida, buscamos tantas coisas para o sustento e o prazer da nossa família, que podemos nos esquecer do mais importante: buscar o Senhor em primeiro lugar, buscar a Sua vontade e deixar que Ele edifique o que precisa ser edificado. Será inútil corrermos tanto, se não buscarmos e descansarmos no Senhor. Confesse ao Senhor se temos esquecido de, em família, buscá-Lo em primeiro lugar.
Cântico: Buscai primeiro (CTP136);
Reflexão silenciosa
Oração de confissão audível;
Declaração de perdão: “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos. Do trabalho de suas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem” (Salmo 128.1,2)
Cânticos comunitários;
Entrega dos dízimos e ofertas;
Oração de ação de graças;
PALAVRA
Oração por iluminação;
Leitura e proclamação da Palavra
Cântico: “Doce amor” (CTP390)
Participação Especial das Crianças;
ENVIO
Dirigente: Deus nos deu a família, para crescermos e aprendermos a viver. Deus tem nos dado uma família maior, a família da fé, onde também crescemos e aprendemos a viver conforme a vontade do Senhor. Que por meio de nossas famílias, possamos testemunhar o amor e a graça de Deus, a fim de que muitas outras pessoas sejam alcançadas pelo evangelho de Jesus e possam partilhar da família de Deus
Cântico: Corpo e Família;
Família no altar;
Oração de intercessão;
Bênção apostólica;
corrermos tanto, se não buscarmos e
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