03 Motivos para Orar
- Jonathan Pessoa

- 27 de mar.
- 3 min de leitura

Edward McKendree Bounds foi um advogado e pastor metodista episcopal que viveu nos EUA entre os anos de 1835 e 1913. Ao todo, durante toda a sua vida, ele escreveu onze livros sobre a espiritualidade cristã, sendo nove deles apenas dedicados ao tema da oração. Numa de suas obras, denominada “O poder através da oração”, ao observar a vida de oração da igreja de sua época, Bounds assim destaca: “A igreja tem sido enfeitada, mas não edificada; agradada, mas não santificada”
Desse modo, no mesmo livro, ele ainda assim exorta: “O que a igreja necessita é de homens de oração”. Ela não precisa de mais pastores, presbíteros, diáconos ou líderes de louvor. Necessita, na verdade, de homens e mulheres com joelhos no chão.
Neste sentido, a partir dessa exortação, a pergunta que agora quero que você mesmo faça uma profunda reflexão é a seguinte: como eu posso me transformar numa pessoa de oração? Como posso hoje corresponder à necessidade da minha comunidade e assim contribuir para a santificação da minha igreja?
Você pode concordar comigo ou não, mas acredite: a melhor maneira de aprender a orar não é imitando aos outros, lendo livros ou frequentando congressos, palestras e convenções. Você pode fazer tudo isso! Porém, para ser mais claro, é importante que saiba que o melhor jeito de desenvolver uma vida de oração é aprendendo com a própria Palavra do Senhor. Pois é Jesus quem, através da iluminação das Escrituras Sagradas e da ação do Espírito Santo, nos ensina a orar. É o Mestre quem nos inspira a buscar uma prática de santificação.
Por esse motivo, na Bíblia, ao se analisar a experiência do Jardim do Getsêmani, pode-se aprender que ali Jesus nos oferece, por exemplo, três motivos para cultivarmos uma vida de oração. O primeiro deles é o de que a oração nos ajuda a vencer o medo, a angústia e a tristeza. Quando o Senhor se afastou dos demais discípulos e se retirou para um outro lugar mais reservado junto com Pedro, Tiago e João, apenas para se ter uma ideia, assim Ele lhes disse: “A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai” (Marcos 14.32). Na hora em que a alma dele se perturbou, Ele os convidou para se prostrarem em oração. No momento em que a tristeza se levantou, o Senhor se colocou de joelhos no chão.
Além disso, em segundo lugar, pode-se dizer também que a oração nos capacita a fazer a vontade de Deus. Jesus era Filho de Deus, mas era um ser humano assim como nós. Sofria das mesmas angústias e enfrentava as mesmas dúvidas. Por isso, quando se aproximou a hora de sua crucificação, Ele prostrou o rosto em terra e assim orou: “Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres” (Marcos 14.36). Jesus buscou a vontade do Pai e não a sua vontade própria.
Ademais, em terceiro lugar, a oração nos dá ainda forças para vencer a tentação. Tanto é assim que depois de orar, quando Jesus encontrou seus discípulos, mais uma vez, dormindo, assim lhes disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Marcos 14.38). Sem a oração, eles não conseguiriam seguir adiante. Sem a oração eles andariam em trevas e não poderiam preparar o corpo para suportar todas as tribulações.
Assim como aconteceu com Jesus e seus discípulos, hoje você também quer vencer o medo e a tristeza? Na sua vida deseja cumprir a vontade de Deus? Não quer mais cair em tentação? Então, a partir de agora, seja um homem ou uma mulher de oração. Pare de se enfeitar ou de tentar agradar aos outros na sua igreja. Em vez disso, coloque os seus joelhos no chão. Tenha uma vida de oração!
Rev. Jonathan Pereira Lopes Pessoa




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