O certo e o bem

A vida, às vezes, nos coloca diante de algumas encruzilhadas. Em nossos caminhos, quando menos imaginamos nos vemos obrigados a escolher entre fazer aquilo que é certo ou fazer aquilo que promove o bem. Se, por um lado, fizermos o certo, poderemos vir a prejudicar alguém. Se, por outro lado, quebrarmos as regras, assumirmos os riscos e agirmos contra nossas próprias convicções teremos, enfim, a oportunidade de praticar o bem.

Vejamos, por exemplo, o caso do sacerdote que descia de Jerusalém para Jericó na parábola do “samaritano bom” ilustrada por Jesus (Lucas 10.25-37). Havia no Antigo Israel várias leis cerimoniais que impediam ou proibiam aqueles que exerciam qualquer tipo de função religiosa de tocar num cadáver (Levítico 21.11). Do mesmo modo, existiam também várias regras litúrgicas que chamavam a atenção dos religiosos quanto ao perigo de entrar em contato com alguém considerado “imundo” ou “impuro” (Levítico 15). Por esse motivo, quando viu aquele homem cheio de ferimentos, semimorto, caído pelo caminho, o sacerdote prudentemente, de maneira lógica e racional, decidiu passar de largo. 

A mesma coisa aconteceu também com o levita. Possivelmente pensando em se tratar de uma emboscada e não querendo colocar a sua própria vida em risco nem, ao mesmo tempo, faltar com suas obrigações, resolveu assim agir com bom senso e deixar o suspeito pelo caminho. Ambos fizeram o que era certo. Escolheram fazer o que a lei manda e aquilo que consideravam justo aos olhos de Deus.

Diferente escolha fez o samaritano. Segundo Jesus, assim como o sacerdote e o levita, o samaritano também passou pelo caminho de Jerusalém a Jericó. No momento em que se viu perto do necessitado, porém, para a surpresa de todos, compadeceu-se dele e tomou a decisão de lavar os seus ferimentos, colocá-lo sobre o seu próprio animal, levá-lo para uma hospedaria e assumir todo o risco e o prejuízo com os custos do tratamento. 

Diante disso, finalizando sua parábola, ao seu interlocutor, intérprete da Lei, o Senhor levantou então a seguinte questão: “Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu na mão dos salteadores?”. Nesse ínterim, o próprio homem que queria pôr o Mestre à prova respondeu: “O que usou de misericórdia para com ele”.  Jesus assim concluiu, dizendo: “Vai e procede tu de igual modo” (Lucas 10.37).

Mais do que justiça, Jesus quer hoje pessoas que estejam dispostas a fazer o bem ao próximo. Afinal de contas, para Ele, viver o Evangelho é agir mais pela compaixão do que pela razão. É ter que abrir a mão do certo, em algumas ocasiões, para fazer o bem. Pois, fazer o certo nem sempre melhora alguém. Pelo contrário, apenas promove a nossa própria glória no lugar de promover a glória de Deus! Se tiver que escolher entre o certo e o bem, faça o bem!

Rev. Jonathan Pereira Lopes Pessoa

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LITURGIA PARA O CULTO

15º Domingo no Tempo Comum

Amós 7.7-17; Salmo 82; Colossenses 1.1-14; Lucas 10.25-37

LITURGIA DE ENTRADA

• Prelúdio (silêncio e oração);

• Saudação;

• Chamada à adoração:

  • Dirigente: “Deus assiste na congregação divina; no meio dos deus, estabelece o seu julgamento”.

  • Congregação: “Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois a ti compete a herança de todas as nações” (Salmo 82.1,8).

• Cântico: “O dia da vitória” (CTP146);

• Oração de adoração;

• Conjunto das crianças

• Chamada à confissão: Colossenses 1.9-12;

• Cântico: “Tal qual estou” (CTP237) ;

• Oração de confissão de pecados;

• Declaração de Perdão: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Colossenses 1.13-14).

• Cânticos comunitários;

• Entrega dos dízimos e ofertas;

LITUGIA DA PALAVRA

• Oração por iluminação;

• Leitura e Proclamação da Palavra;

ENVIO

• Cântico: “Com Cristo, um mundo novo” (CTP119);

• Oração de Intercessão;

• Bênção apostólica;

• Amém Tríplice;

• Poslúdio;