Não recuseis ao que fala

Era uma tarde ensolarada de sábado. Na frente da casa dos meus pais, eu e o meu primo conversávamos sobre carros. Naquela oportunidade, ele então me confessou que estava pensando em trocar o carro dele por uma moto. Achava que ter um carro não valia a pena. A moto era, na visão dele, mais viável, vantajosa e econômica. “Não faça isso!”, foi o que eu disse para tentar demovê-lo da ideia. E, ainda, acrescentei, dizendo: “Não compensa! É melhor gastar um pouco mais com um carro do que correr o risco de sofrer um acidente com uma moto nesse trânsito louco!”.

Não sei a razão nem o motivo, mas ele não quis me ouvir. Não atendeu ao meu conselho nem ouviu o meu pedido naquela hora. Trocou o carro pela moto e passou a utilizar o novo veículo para se deslocar para o trabalho. 

Dias depois, fiquei sabendo, porém, que ele se envolveu num grave acidente, foi hospitalizado com traumatismo craniano e teve que ser submetido a uma cirurgia na cabeça com urgência. Após a cirurgia, ele nunca mais foi o mesmo! Não voltou à vida normal e sofre até os dias de hoje com as sequelas de uma decisão precipitada. Mais do que o dinheiro, perdeu a saúde, a mobilidade, o convívio com a família e o emprego.

Não o culpo por isso! Acredito que a responsabilidade pelo episódio não é dele. Afinal de contas, existem coisas que acontecem na vida da gente que estão fora do nosso controle ou domínio. São mistérios de Deus que estão além da nossa capacidade de compreensão e entendimento. No entanto, toda vez que vejo agora o sofrimento dele, fico a pensar sobre a importância de aprendemos a ouvir a voz de quem nos ama. Passo a refletir sobre as coisas que podem acontecer na minha vida se eu souber ouvir as pessoas certas.

Na Bíblia, nesse sentido, o livro de Hebreus nos revela que Deus hoje fala ao seu povo. Havendo o Senhor, no passado, falado muitas vezes e de muitas maneiras, nestes últimos dias, Ele nos fala por meio do seu Filho, Jesus Cristo, que é o herdeiro de todas as coisas (Hebreus 1.1). Acontece, de semelhante forma, que nem sempre o seu próprio povo está disposto a ouvi-Lo. Pelo contrário, assim como no caso dos israelitas que andaram errantes no deserto, existem na igreja muitos crentes que se recusam a ouvir a voz Daquele que fala nos céus. 

Por esse motivo, o autor de Hebreus chama aqui a nossa atenção e nos exorta dizendo: “Tende cuidado, não recuseis ao que fala. Pois, se não escaparam aqueles que recusaram ouvir quem, divinamente, os advertia sobre a terra, muito menos nós, os que nos desviamos daquele que dos céus nos adverte” (Hebreus 12.25). Do mesmo modo, assim como Jesus disse às igrejas primitivas, agora eu também lhe digo: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz...” (Apocalipse 2.7).

Rev. Jonathan Pereira Lopes Pessoa

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LITURGIA PARA O CULTO

21º Domingo no Tempo Comum

Jeremias 1.4-10; Salmo 71.1-6; Hebreus 12.18-29; Lucas 13.10-17

LITURGIA DE ENTRADA

• Prelúdio: 

• Saudação;

• Chamada à adoração:

  • Dirigente: “Em ti, Senhor, me refugio; não seja eu jamais envergonhado”;

  • Congregação: “Em ti me tenho apoiado desde o meu nascimento, do ventre materno tu me tiraste, tu és motivo para os meus louvores constantemente (Salmo 71.1,6).

• Cântico: “Vem o Todo Poderoso” (CTP32);

• Oração de adoração;

• Chamada à confissão: Hebreus 12.18-29;

• Cântico: “Meu pecado resgatado” (CTP45)

• Oração de confissão de pecados;

• Declaração de Perdão: “Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor” (Jeremias 1.8).

• Cânticos comunitários

• Entrega dos dízimos e ofertas;

LITUGIA DA PALAVRA

• Oração por iluminação;

• Leitura e Proclamação da Palavra;

• Cântico: “Não há o que temer”;

ENVIO

• Cântico: “Despede-nos, Senhor” (CTP320);

• Oração de Intercessão;

• Bênção apostólica;

• Amém Tríplice;

• Poslúdio;